Passados dois anos de intensa preparação, chegou o momento de Belém, no Pará, sedia a 30ª edição da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30. Entre os dias 10 e 21 de novembro, delegações dos países signatários da Convenção-Quadro, além de chefes de Estado, diplomatas, empresários, investidores, pesquisadores, Igrejas e organizações não governamentais (ONGs), reúnem-se para discutir os rumos das ações globais de combate à emergência climática.
Esta é a primeira vez que o maior evento climático do mundo acontece em uma capital amazônica. A expectativa é que o encontro inaugure uma nova fase da agenda mundial, marcada pela implementação das medidas já acordadas para manter o aquecimento global dentro do limite de 1,5°C.

As conferências do clima da ONU são realizadas anualmente desde 1995 e envolvem uma organização complexa, milhares de participantes e cerca de 193 delegações de diferentes países.

Os temas centrais da COP30 incluem: redução das emissões de gases de efeito estufa; adaptação aos impactos das mudanças climáticas; financiamento climático para países em desenvolvimento; tecnologias renováveis e soluções de baixo carbono; preservação ambiental e biodiversidade; justiça climática e proteção das populações vulneráveis.

A Santa Sé, desde a publicação da encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, tem tomado crescente consciência da urgente necessidade de cuidarmos de nossa “Casa Comum”, e marca presença na COP30. A CNBB também se preparou intensamente, em todos os seus regionais, por meio das pré-COPs, e participa ativamente do evento com suas lideranças, cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e animadores de comunidade.

Estou aqui para aprofundar meu conhecimento sobre os temas em discussão e somar esforços nesta causa tão nobre em defesa da vida, em todas as suas manifestações. Que todos possamos acompanhar a COP30 e colocar em prática suas orientações em nosso modo de ser no mundo, em nossas comunidades, prefeituras e iniciativas locais. Deus, ao criar o mundo, viu que tudo era muito bom e nos confiou a missão de sermos guardiões de toda a criação.

Pe. Gilberto A. Orsolin, SAC - Reitor Provincial